O transporte público vai ter prioridade
quarta-feira, 25 de agosto de 2010 by Unknown |
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José Serra aposta no transporte coletivo. Investiu R$ 23 bilhões num amplo programa de expansão do Metrô paulistano e modernização da CPTM, a companhia de trens metropolitanos. É o maior valor já destinado no país para ampliar e modernizar o sistema de transporte coletivo.
No final do ano, o governo do estado, concluindo o trabalho impulsionado por Serra, cumprirá a meta de entregar à população a primeira fase do Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, destinado a aperfeiçoar a eficiência e a qualidade dos serviços de transporte público em São Paulo, Campinas e Baixada Santista.
Nas visitas que fez recentemente a Belo Horizonte, Goiânia e Porto Alegre disse que na Presidência da República ampliará linhas atuais ou construirá metrô para melhorar o sistema de transporte e a qualidade de vida dos trabalhadores. No Rio de Janeiro, onde realizou caminhada em Bangu, após uma viagem de trem de 40 minutos, disse que a melhor opção é transformar trens urbanos em metrô.
Em São Paulo, o programa "Expansão SP" beneficiará 20 milhões de pessoas com a redução de 25% do tempo médio das viagens e aumento de 55% do número de passageiros do Metrô e CPTM. Quando sua primeira etapa estiver concluída, no final de 2010, a rede sobre trilhos com qualidade de metrô terá passado de 60 km no início de 2007 (hoje já são 66 km) para 240 quilômetros.
Além de aumentar e melhorar a rede de transporte, o "Expansão SP" está gerando 40 mil empregos diretos e outros milhares de indiretos. Por se tratar de um plano de desenvolvimento integrado, favorece a circulação das pessoas por meio do transporte público, estimulando a abertura de novas frentes de comércio, empregos e renda.
Lula: “Metrô é coisa de rico que quer rua para o carro”
Na contramão do que administradores e urbanistas fazem em todo o mundo – a substituição parcial do carro pelo transporte coletivo – o presidente Lula acredita que o automóvel deve predominar. Durante assinatura de contratos para implementação de obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, ele pontificou: “Eu quero que os pobres também tenham carros. Então, nós, prefeitos e governadores, temos que construir mais ruas”.
Admitiu, mais adiante, que “temos que fazer metrô, temos que fazer o trem, mas temos que parar com essa ilusão de que fazendo metrô vai tirar o apetite de um pobre ter um carro. Aqueles que pensam isso têm o seu próprio carro. Eles querem que os pobres deixem a rua livre para eles”, afirmou, levantando aplausos de operários que trabalham no complexo, e lotaram o espaço preparado para o evento.
Nos países desenvolvidos, principalmente em cidades com trânsito saturado, como São Paulo, a questão transporte coletivo x transporte individual deixou de ser uma questão de ricos ou pobres há muito tempo. O transporte coletivo – principalmente o metrô – combinado com medidas que desestimulam a circulação de carros particulares nos grandes centros tem grandes três virtudes.
Reduz a poluição causada pelos motores movidos a derivados de petróleo, barateia o deslocamento das pessoas para o trabalho e prepara a transição para um sociedade movida a combustível de origem renovável. Aliás, o etanol, um desses combustíveis, era considerado prioritário pelo governo até a descoberta do pré-sal, recurso natural que só vai render frutos daqui a dez anos, e a um custo financeiro e ambiental altíssimo.
Sabatina com José Serra - Jornal Nacional - 11/08/2010
sábado, 14 de agosto de 2010 by Unknown |
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Serra, Marina e Plínio defendem suas propostas em evento em São Paulo
terça-feira, 10 de agosto de 2010 by Unknown |
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Plínio, Serra e Marina participaram de sabatina em São Paulo (Fotos: Nelson Antoine/Foto Arena/AE)
Plínio, Serra e Marina privilegiaram temas diferentes em suas exposições. O candidato do PSOL defendeu sua postulação como forma de promoção da igualdade social e negou que o partido vá incentivar, caso chegue ao poder, uma “ruptura socialista" imediata. “Não há condição imediata para uma ruptura socialista, mas há condições de tomar medidas drásticas para quebrar a dinâmica da desigualdade”, disse.Os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) participaram na tarde desta segunda-feira (9), na capital paulista, de sabatina promovida pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp) e Associação Comercial de São Paulo. Em participações separadas, os três fizeram uma exposição de 20 minutos e responderam a perguntas de convidados e da plateia. Dilma Rousseff (PT) desmarcou a participação no evento nesta manhã.
Serra destacou aspectos políticos em sua exposição. Apontou loteamento partidário da máquina pública federal e defendeu propostas para a reforma na área, como voto distrital e a revisão da figura de suplente de senador. “Há uma recuperação [no governo Lula] das piores práticas políticas do passado. [...] O problema fundamental é a utilização da maquina federal para servir a interesse privados, sejam sindicais, partidários, de grupos ou pessoais”, afirmou.
A candidata do PV repassou os principais conceitos de sua plataforma de governo. Disse que o “avanço histórico” recente no Brasil não pode ser atribuído a um só governo ou partido. Defendeu "qualificação" dos impostos, ênfase em planejamento estratégico, aumento da produção via ganho de produtividade, alternativas para evitar o “desastre das mudanças climáticas” e educação de qualidade. “O Brasil reúne as melhores oportunidades para fazer uma inflexão em termos de modelo de desenvolvimento”, afirmou.
"Bolsa Família é um absurdo", diz socialista
Durante a rodada de perguntas, Plínio disse que irá limitar, caso eleito, o tempo de permanência no programa Bolsa Família. "O Bolsa Família é um absurdo. Tem sentido como programa emergencial. Estamos transformando as pessoas pobres numa clientela. Vou quadruplicar o Bolsa Família, mas reduzi-lo no tempo", disse.
Durante a rodada de perguntas, Plínio disse que irá limitar, caso eleito, o tempo de permanência no programa Bolsa Família. "O Bolsa Família é um absurdo. Tem sentido como programa emergencial. Estamos transformando as pessoas pobres numa clientela. Vou quadruplicar o Bolsa Família, mas reduzi-lo no tempo", disse.
O candidato do PSOL também defendeu entraves à entrada de produtos chineses no país ("Aqui chinês vai rebolar para entrar"), a proibição de importação de itens de luxo e a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no destino das mercadorias, e não mais na origem.
"Tenho grandes diferenças com Dilma sobre carga tributária", afirma SerraO candidato do PSDB reconheceu que o peso dos impostos no Brasil é excessivo e apontou discordâncias com Dilma sobre o tema. "Ela [Dilma] deu declaração dizendo que a carga tributária não é alta, é boa". Citou o programa da Nota Fiscal Paulista como meio de combate à sonegação e redução da tributação individual. "Temos que segurar a carga tributária quando a economia está crescendo", disse.
Serra afirmou que o governo federal demorou a reduzir os juros durante a crise mundial de 2008-09 e disse não ter fórmulas prontas para promover o emprego em setores específicos da população, como mulheres acima de 45 anos. "Se me perguntar fórmula, não tenho. Tenho disposição de enfrentar isso", afirmou o tucano, citando treinamento e qualificação profissional como alternativas.
Antes de infraestrutura física, infraestrutura humana, diz MarinaQuestionada sobre a necessidade de um "plano de emergência" no setor de infraestrutura no país, a candidata do PV disse que a prioridade deve ser a capacitação de pessoas. "Sem infraestrutura humana não vamos a lugar nenhum." Defendeu também "agilidade sem perda de qualidade" no licenciamento ambiental de grandes empreendimentos.
Marina disse que é preciso investir em saúde básica e prevenção para evitar sobrecarga em outras pontas do SUS (Sistema Único de Saúde), como os tratamentos especializados. Sobre a transposição do rio São Francisco, disse que sua atuação à frente do ministério do Meio Ambiente na época do licenciamento da obra ajudou a introduzir importantes contrapontos ambientais ao empreendimento, como a desapropriação de propriedades nas margens e a revitalização do rio.
Estadão às vezes exagera postura reacionária
segunda-feira, 9 de agosto de 2010 by Unknown |
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O espaço é o mesmo dos três lados, como não poderia deixar de ser, mas a abordagem… Não é nenhuma cobertura especial, mas três matérias apenas, no Estadão de domingo, 20. Uma dedicada a Dilma, outra a Serra e uma terceira a Marina, de meia página cada. Um perfil de cada um dos principais presidenciáveis, nas páginas A6, A7 e A8. O Estadão às vezes se perde, ultrapassa os limites. Marquei com vermelho o que entendi como uma abordagem negativa do pré-candidato. Em azul, positiva. Alguns comentários mostram o que acredito que a expressão queira traduzir.
Dilma aparece como uma completa descontrolada, autoritária. A matéria usa expressões bastante negativas para descrevê-la, como “aos berros” para a resposta que dava a críticas sofridas durante o governo, em discussões com colegas ou subordinados. Em alguns casos, o fato de cobrar trabalho a qualquer hora do dia é mostrado como falta de respeito, exigência exagerada. Em Serra, a mesma característica denota dedicação. Dilma é vista como autoritária, intransigente, instável, alguém que não respeita as outras pessoas, que humilha subordinados, não sabe conversar e ainda não está pronta para governar. Prepotente.
Serra tem alguns pontos negativos, mas que servem para melhorar seu caráter político. Sempre tem um “mas” quando é feita uma crítica ao ex-governador paulista. Críticas, aliás, sempre muito leves. É ríspido, mas não sem motivo. Transparente, eficiente, sensato, extremamente dedicado, respeitador. Uma crítica chega ao ponto de ser feita em comparação a Fernando Henrique. Ou seja, aquilo que Serra não tem de bom, não é por falta de qualidade no partido, já que FHC tem.
Sobre Marina, nem sim nem não. Ela tem qualidades e defeitos, embora estes sejam maiores que aquelas. Ela é mostrada como interesseira, autoritária, descuidada, intransigente. Não aceita que outros tomem decisões, quer agir sozinha. Mas é obstinada, controlada, serena. É simples, mas vaidosa, gosta de ser admirada. Uma certa falsidade na figura de Marina também é transmitida pelo texto. Mas o fato de ela ser uma pessoa simples e discreta é bastante ressaltado. E seu bom humor mostra seu caráter mais humano, aproxima Marina do leitor.
Resumindo, Dilma é retratada como uma desequilibrada. Serra é um homem trabalhador. A palavra que representa Marina é centralizadora (mas obstinada).
Partido Kadima na frente
by Unknown |
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Segundo uma pesquisa publicada na sexta-feira pelo jornal Yedioth Ahronoth se as eleições para a Knesset fossem agora, o Partido Kadima de Tzipi Livni venceria com 32 deputados, contra os 29 do Partido Likud de Benjamin Netanyahu. O Partido Trabalhista (que durante mais de 30 anos foi o maior de Israel) obteria apenas 8 mandatos. Na atual Knesset o Kadima tem 29 deputados, o Likud 27 e o Partido Trabalhista 13. A pesquisa revelou ainda que 64% dos eleitores israelitas não se vêem na atual coligação governamental e que o partidos da direita continuam a ter um maior peso do que os da esquerda.
Primeiro debate da campanha na TV opõe quatro candidatos ao Planalto
sexta-feira, 6 de agosto de 2010 by Unknown |
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Da esquerda para a direita, José Serra, Marina Silva,
o mediador Ricardo Boechat, Dilma Rousseff e
Plínio Sampaio no primeiro debate da campanha,
na TV Bandeirantes (Foto: Clayton de Souza/AE)
o mediador Ricardo Boechat, Dilma Rousseff e
Plínio Sampaio no primeiro debate da campanha,
na TV Bandeirantes (Foto: Clayton de Souza/AE)
Os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) participaram na noite desta quinta-feira (5) do primeiro debate da campanha presidencial na TV, em que discutiram temas como educação, saúde, meio ambiente, carga tributária e privatizações.
O debate foi realizado pela TV Bandeirantes. Parte do programa foi marcada pela polarização entre Dilma e Serra em torno dos legados dos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Marina procurou se mostrar como "pós-Lula e FHC" e Plínio não economizou críticas à situação do país e aos outros candidatos.
No debate, eles responderam a perguntas formuladas pela produção e por jornalistas da emissora. Também puderam fazer perguntas entre si.
Primeiro bloco
Na primeira parte do bloco inicial, os quatro candidatos responderam a uma mesma pergunta da produção. Deveriam escolher, entre segurança, educação e saúde, qual área priorizariam imediatamente após a posse e quais seriam as primeiras medidas.
Na primeira parte do bloco inicial, os quatro candidatos responderam a uma mesma pergunta da produção. Deveriam escolher, entre segurança, educação e saúde, qual área priorizariam imediatamente após a posse e quais seriam as primeiras medidas.
Plinio de Arruda Sampaio (PSOL) apontou “omissão” da mídia em relação à sua candidatura. “A razão dessa omissão é muito clara, porque nós queremos apresentar uma alternativa a um modelo de desigualdade”. Defendeu a “perspectiva da igualdade social” como forma de encarar os problemas.
Marina Silva (PV) disse não ser possível separar educação, segurança e saúde, mas apontou a última área como prioridade. Disse que “milhões de brasileiros continuam nas filas” e citou sua experiência de “ficar na fila como indigente”. Citou como medida inicial o trabalho pela regulamentação da emenda 29, que assegura recursos mínimos para financiamento da saúde.
José Serra (PSDB) ressaltou a importância das três áreas. “A saúde e a segurança têm a ver com a vida, enquanto a educação tem a ver com o futuro.” Enumerou suas prioridades em cada setor: criação do ministério da Segurança Pública, construção de 150 ambulatórios médicos de especialidades e criação de 1 milhão de vagas no ensino técnico.
Dilma Rousseff (PT) afirmou não ser possível priorizar uma área. “Um governo tem que atender simultaneamente a todos os temas.” Citou propostas em educação, como ênfase em qualidade do ensino e remuneração e “formação continuada” dos professores.
Perguntas
No início da rodada de perguntas entre candidatos, Serra dirigiu-se a Dilma e perguntou quais são suas “propostas concretas” em saúde, segurança e educação.
A petista disse que irá “completar o SUS [Sistema Único de Saúde]” e criar 500 unidades de pronto-atendimento 24 horas. Em segurança, citou a experiência das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) do Rio; em educação, prometeu “grande ênfase” em educação profissional.
Marina Silva (PV) disse não ser possível separar educação, segurança e saúde, mas apontou a última área como prioridade. Disse que “milhões de brasileiros continuam nas filas” e citou sua experiência de “ficar na fila como indigente”. Citou como medida inicial o trabalho pela regulamentação da emenda 29, que assegura recursos mínimos para financiamento da saúde.
José Serra (PSDB) ressaltou a importância das três áreas. “A saúde e a segurança têm a ver com a vida, enquanto a educação tem a ver com o futuro.” Enumerou suas prioridades em cada setor: criação do ministério da Segurança Pública, construção de 150 ambulatórios médicos de especialidades e criação de 1 milhão de vagas no ensino técnico.
Dilma Rousseff (PT) afirmou não ser possível priorizar uma área. “Um governo tem que atender simultaneamente a todos os temas.” Citou propostas em educação, como ênfase em qualidade do ensino e remuneração e “formação continuada” dos professores.
Perguntas
No início da rodada de perguntas entre candidatos, Serra dirigiu-se a Dilma e perguntou quais são suas “propostas concretas” em saúde, segurança e educação.
A petista disse que irá “completar o SUS [Sistema Único de Saúde]” e criar 500 unidades de pronto-atendimento 24 horas. Em segurança, citou a experiência das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) do Rio; em educação, prometeu “grande ênfase” em educação profissional.
Marina fez pergunta a Serra: “Durante oito anos em que você foi situação e oposição, qual foi a aprendizagem que ficou?” Falando em "conquistas ao longo dos anos que não foram parte de apenas um governo", o tucano citou a Assembleia Constituinte, o Plano Real e o Bolsa-Família, “que foi precedida de outras bolsas criadas no governo Fernando Henrique”. Disse que, como oposição, “nunca jogou no quanto pior, melhor”.
Marina criticou PT e PSDB por não terem promovido um “realinhamento histórico” nos últimos 16 anos. O tucano citou ação conjunta com setores da oposição quando era ministro da Saúde de FHC.
Plínio quis saber a opinião de Dilma sobre três temas: promoção de plebiscito para limitar todas as propriedades agrícolas em 1.000 hectares, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e “anistia aos desmatadores”.
A petista disse ser contra qualquer medida que “flexibilize a possibilidade de desmatamento”. Sobre jornada de trabalho, disse que o Brasil “é composto por milhões de situações diferentes” e que a “discussão tem que ser específica”.
Em pergunta a Serra, Dilma citou “valor histórico de geração de empregos” formais no governo Lula (14 milhões). “Como o senhor vê essa diferença e como vai fazer para criar esses milhões de empregos que conseguimos?”
O tucano disse que “a gente não deve fazer campanha com os olhos no retrovisor” e afirmou que as circunstâncias da economia no governo Lula são “absolutamente diferentes” das da gestão do PSDB.
Marina criticou PT e PSDB por não terem promovido um “realinhamento histórico” nos últimos 16 anos. O tucano citou ação conjunta com setores da oposição quando era ministro da Saúde de FHC.
Plínio quis saber a opinião de Dilma sobre três temas: promoção de plebiscito para limitar todas as propriedades agrícolas em 1.000 hectares, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e “anistia aos desmatadores”.
A petista disse ser contra qualquer medida que “flexibilize a possibilidade de desmatamento”. Sobre jornada de trabalho, disse que o Brasil “é composto por milhões de situações diferentes” e que a “discussão tem que ser específica”.
Em pergunta a Serra, Dilma citou “valor histórico de geração de empregos” formais no governo Lula (14 milhões). “Como o senhor vê essa diferença e como vai fazer para criar esses milhões de empregos que conseguimos?”
O tucano disse que “a gente não deve fazer campanha com os olhos no retrovisor” e afirmou que as circunstâncias da economia no governo Lula são “absolutamente diferentes” das da gestão do PSDB.
Segundo bloco
Serra iniciou o segundo bloco questionando Dilma sobre a relação da União com as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). O tucano disse que o governo federal estava discriminando essas entidades.
Dilma rebateu e disse que não concordava “de jeito nenhum” com as declarações do adversário. “Se teve um governo que se comprometeu com essa questão do transporte escolar, que se comprometeu também com a ajuda à criança, ao adolescente e ao adulto excepcional foi o nosso governo. E isso ficou claro não só no que se refere à questão da educação”, respondeu.
Assim como no primeiro bloco, Plínio perguntou qual é a posição de Serra sobre limitar o tamanho das propriedades em 1.000 hectares, sobre redução da jornada de trabalho e a anistia aos desmatadores.
Serra respondeu que o governo federal já tem um “estoque” de terras desapropriadas disponíveis e que não é necessário limitar o tamanho das propriedades. Disse que a discussão sobre jornada de trabalho é “um bom debate para o Congresso Nacional” e afirmou ser contrário a anistia para desmatadores.
Marina abordou o tema da educação e voltou a defender o investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Ela questionou a petista sobre como fazer isso imediatamente e comparou o sistema educacional no Brasil com o do Chile, apontando desvantagem para o brasileiro.
Dilma defendeu maior investimento na área e propôs acabar com a chamada progressão automática e continuada. “É importante que as crianças tenham conhecimento testado até para a gente poder reforçar quando não estiverem adequados”, disse.
No fim do bloco, Dilma questionou Marina sobre o crack. A candidata do PV disse que programa recente do governo federal é "muito semelhante” ao apresentado em 2009 ao governo Lula pelo coordenador da área de segurança pública de sua campanha.
Terceiro bloco
No terceiro bloco do debate, Marina questionou Plínio sobre suas propostas de política social. O candidato do PSOL defendeu uma “distribuição radical” de renda. “Vocês estão propondo medidas de melhorias, isso não vai resolver, porque é brutal a diferença entre o rico e o pobre neste país”, respondeu o candidato.
Dilma perguntou a opinião de Serra sobre duas ações do governo Lula: a política para a indústria naval e o programa Luz para Todos, de eletrificação rural. Serra defendeu maior produção nacional de componentes. Afirmou que o Luz para Todos é um bom programa “financiado pelos consumidores” e um “prolongamento” do Luz no Campo do governo FHC.
Serra questionou Dilma sobre saúde. “Por que houve o encolhimento de cataratas, varizes, próstatas e muitas outras cirurgias?” A petista disse não ser contra mutirões de cirurgias, mas que a ação não pode ser prioridade em política de saúde. Defendeu o fortalecimento do SUS, com criação de unidades de pronto-atendimento e policlínicas.
Ao perguntar, Plinio disse que o governo federal gasta três vezes mais com o serviço da dívida do que com o Bolsa-Família, e pediu que Dilma explicasse a situação.
Ela voltou a defender as políticas sociais do governo Lula. “Nós tivemos no Brasil uma situação muito diferente do que foi pintada aqui”. Citou ainda ações federais de incentivo à agricultura familiar. “Quem fez a meta do programa de reforma agrária do Lula fui eu. Cortaram pela metade a meta que pus”, rebateu Plínio.
Serra iniciou o segundo bloco questionando Dilma sobre a relação da União com as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). O tucano disse que o governo federal estava discriminando essas entidades.
Dilma rebateu e disse que não concordava “de jeito nenhum” com as declarações do adversário. “Se teve um governo que se comprometeu com essa questão do transporte escolar, que se comprometeu também com a ajuda à criança, ao adolescente e ao adulto excepcional foi o nosso governo. E isso ficou claro não só no que se refere à questão da educação”, respondeu.
Assim como no primeiro bloco, Plínio perguntou qual é a posição de Serra sobre limitar o tamanho das propriedades em 1.000 hectares, sobre redução da jornada de trabalho e a anistia aos desmatadores.
Serra respondeu que o governo federal já tem um “estoque” de terras desapropriadas disponíveis e que não é necessário limitar o tamanho das propriedades. Disse que a discussão sobre jornada de trabalho é “um bom debate para o Congresso Nacional” e afirmou ser contrário a anistia para desmatadores.
Marina abordou o tema da educação e voltou a defender o investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Ela questionou a petista sobre como fazer isso imediatamente e comparou o sistema educacional no Brasil com o do Chile, apontando desvantagem para o brasileiro.
Dilma defendeu maior investimento na área e propôs acabar com a chamada progressão automática e continuada. “É importante que as crianças tenham conhecimento testado até para a gente poder reforçar quando não estiverem adequados”, disse.
No fim do bloco, Dilma questionou Marina sobre o crack. A candidata do PV disse que programa recente do governo federal é "muito semelhante” ao apresentado em 2009 ao governo Lula pelo coordenador da área de segurança pública de sua campanha.
Terceiro bloco
No terceiro bloco do debate, Marina questionou Plínio sobre suas propostas de política social. O candidato do PSOL defendeu uma “distribuição radical” de renda. “Vocês estão propondo medidas de melhorias, isso não vai resolver, porque é brutal a diferença entre o rico e o pobre neste país”, respondeu o candidato.
Dilma perguntou a opinião de Serra sobre duas ações do governo Lula: a política para a indústria naval e o programa Luz para Todos, de eletrificação rural. Serra defendeu maior produção nacional de componentes. Afirmou que o Luz para Todos é um bom programa “financiado pelos consumidores” e um “prolongamento” do Luz no Campo do governo FHC.
Serra questionou Dilma sobre saúde. “Por que houve o encolhimento de cataratas, varizes, próstatas e muitas outras cirurgias?” A petista disse não ser contra mutirões de cirurgias, mas que a ação não pode ser prioridade em política de saúde. Defendeu o fortalecimento do SUS, com criação de unidades de pronto-atendimento e policlínicas.
Ao perguntar, Plinio disse que o governo federal gasta três vezes mais com o serviço da dívida do que com o Bolsa-Família, e pediu que Dilma explicasse a situação.
Ela voltou a defender as políticas sociais do governo Lula. “Nós tivemos no Brasil uma situação muito diferente do que foi pintada aqui”. Citou ainda ações federais de incentivo à agricultura familiar. “Quem fez a meta do programa de reforma agrária do Lula fui eu. Cortaram pela metade a meta que pus”, rebateu Plínio.
Quarto bloco
No quarto bloco, os candidatos responderam a perguntas formuladas pelos jornalistas Joelmir Beting e José Paulo de Andrade, que escolhiam um candidato para comentar.
Dilma foi a primeira a responder. Questionada se é possível reduzir juros e impostos sem um forte enxugamento dos gastos no setor público, apontou um “acelerado processo de redução do endividamento público” no país.
“Quando chegamos ao governo, [a dívida pública em relação ao PIB] estava em 60% e vamos chegar agora a 42%. Acho que em 2014 nós chegaremos a 30%”, estimou. Ela fez críticas ao governo FHC. “No governo anterior, os juros reais estavam entre 15% a 20%. Chegaram até a 23% no primeiro mandato. Agora estamos numa faixa de 5% ou 6%”, disse.
Serra comentou a resposta de Dilma e disse que é preciso uma política econômica “mais adequada” para a redução da carga tributária. “Eu criei a nota fiscal paulista e vou fazer a nota fiscal brasileira", afirmou.
Na pergunta seguinte, questionado sobre privatizações, Serra aproveitou para criticar a indicação de filiados a partidos para cargos públicos. "Não vou arrebentar empresas públicas importantes como aconteceu no caso dos Correios." E acrescentou: “Se eles eram tão contra a privatização, no caso do atual governo, é um mistério porque nada foi reestatizado.”
“Nós não somos aqueles que gostam de falar que vamos rever contratos. A gente respeita contratos”, respondeu a petista. Ela rebateu as acusações de loteamento político afirmando que, no governo FHC, havia deputados federais aliados ao governo federal nos conselhos da Petrobras e na assessoria da estatal.
Marina respondeu a uma pergunta sobre qual seria a prioridade na área ambiental: combate ao aquecimento global ou redução do déficit de saneamento básico no país.
Ela discordou que as duas áreas estejam em oposição. Segundo ela, defender o meio ambiente e melhorar o saneamento “fazem parte da mesma equação”.
O candidato do PSOL foi o escolhido para comentar a resposta de Marina. Contestou a tese de conciliar a defesa do meio ambiente e o desenvolvimento econômico e chamou Marina de “ecocapitalista”.
Plinio foi questionado sobre pontos citados no programa do PSOL, como a ocupação do campo e da cidade, a transposição do Rio São Francisco e a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Disse que Belo Monte é um “absurdo econômico” e criticou a transposição do São Francisco, afirmando que o propósito do projeto é "entregar a economia do Nordeste ao agronegócio”. "Não é pra levar água [ao Nordeste]. Tem água suficiente lá." Ele defendeu também a ocupação de terras como “um direito da massa trabalhadora”. Segundo ele, sem as ocupações, a reforma agrária anda “devagarinho”.
No quarto bloco, os candidatos responderam a perguntas formuladas pelos jornalistas Joelmir Beting e José Paulo de Andrade, que escolhiam um candidato para comentar.
Dilma foi a primeira a responder. Questionada se é possível reduzir juros e impostos sem um forte enxugamento dos gastos no setor público, apontou um “acelerado processo de redução do endividamento público” no país.
“Quando chegamos ao governo, [a dívida pública em relação ao PIB] estava em 60% e vamos chegar agora a 42%. Acho que em 2014 nós chegaremos a 30%”, estimou. Ela fez críticas ao governo FHC. “No governo anterior, os juros reais estavam entre 15% a 20%. Chegaram até a 23% no primeiro mandato. Agora estamos numa faixa de 5% ou 6%”, disse.
Serra comentou a resposta de Dilma e disse que é preciso uma política econômica “mais adequada” para a redução da carga tributária. “Eu criei a nota fiscal paulista e vou fazer a nota fiscal brasileira", afirmou.
Na pergunta seguinte, questionado sobre privatizações, Serra aproveitou para criticar a indicação de filiados a partidos para cargos públicos. "Não vou arrebentar empresas públicas importantes como aconteceu no caso dos Correios." E acrescentou: “Se eles eram tão contra a privatização, no caso do atual governo, é um mistério porque nada foi reestatizado.”
“Nós não somos aqueles que gostam de falar que vamos rever contratos. A gente respeita contratos”, respondeu a petista. Ela rebateu as acusações de loteamento político afirmando que, no governo FHC, havia deputados federais aliados ao governo federal nos conselhos da Petrobras e na assessoria da estatal.
Marina respondeu a uma pergunta sobre qual seria a prioridade na área ambiental: combate ao aquecimento global ou redução do déficit de saneamento básico no país.
Ela discordou que as duas áreas estejam em oposição. Segundo ela, defender o meio ambiente e melhorar o saneamento “fazem parte da mesma equação”.
O candidato do PSOL foi o escolhido para comentar a resposta de Marina. Contestou a tese de conciliar a defesa do meio ambiente e o desenvolvimento econômico e chamou Marina de “ecocapitalista”.
Plinio foi questionado sobre pontos citados no programa do PSOL, como a ocupação do campo e da cidade, a transposição do Rio São Francisco e a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Disse que Belo Monte é um “absurdo econômico” e criticou a transposição do São Francisco, afirmando que o propósito do projeto é "entregar a economia do Nordeste ao agronegócio”. "Não é pra levar água [ao Nordeste]. Tem água suficiente lá." Ele defendeu também a ocupação de terras como “um direito da massa trabalhadora”. Segundo ele, sem as ocupações, a reforma agrária anda “devagarinho”.
Considerações finais
Em sua última intervenção, Serra disse ter sido alertado pela filha sobre ter “sorrido pouco” no
debate, mas se disse “felicíssimo” pela participação. Citou sua origem “de pais modestos” e
trajetória na vida pública. “Sempre tive uma meta, abrir oportunidades para todos em nosso país, isso é o que eu farei na Presidência da República.”
Dilma afirmou que “coordenar a equipe de ministros do presidente Lula” foi a “experiência mais
vigorosa e importante” de sua vida. Citou a convivência com a “generosidade e inteligência
política” do presidente. Disse ter compromisso com a erradicação da pobreza e disse que “as
mulheres estão preparadas para ser presidente da República”.
Marina disse que as eleições não serão ganhas pela lógica do “eu, eu, sei, sei”. Disse que é o
momento de crescer “sem desconstruir acertos e negar conquistas”. Declamou uma poesia e pediu voto para "eleger a primeira mulher, de origem humilde e amazônica".
Plínio afirmou que há um “muro entre as aspirações e a realidade do país”. “Você não consegue superar isso com medidas homeopáticas”, declarou. Disse ter sido “discriminado” no debate e que sua candidatura expressa “inconformidade”. Defendeu o voto em candidatos do PSOL.
Em sua última intervenção, Serra disse ter sido alertado pela filha sobre ter “sorrido pouco” no
debate, mas se disse “felicíssimo” pela participação. Citou sua origem “de pais modestos” e
trajetória na vida pública. “Sempre tive uma meta, abrir oportunidades para todos em nosso país, isso é o que eu farei na Presidência da República.”
Dilma afirmou que “coordenar a equipe de ministros do presidente Lula” foi a “experiência mais
vigorosa e importante” de sua vida. Citou a convivência com a “generosidade e inteligência
política” do presidente. Disse ter compromisso com a erradicação da pobreza e disse que “as
mulheres estão preparadas para ser presidente da República”.
Marina disse que as eleições não serão ganhas pela lógica do “eu, eu, sei, sei”. Disse que é o
momento de crescer “sem desconstruir acertos e negar conquistas”. Declamou uma poesia e pediu voto para "eleger a primeira mulher, de origem humilde e amazônica".
Plínio afirmou que há um “muro entre as aspirações e a realidade do país”. “Você não consegue superar isso com medidas homeopáticas”, declarou. Disse ter sido “discriminado” no debate e que sua candidatura expressa “inconformidade”. Defendeu o voto em candidatos do PSOL.
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